Autor: Rafael Gomes

Gerente de Operações e Projetos

Você já percebeu que a cada dia que passa temos uma aparelho tecnológico novo? As vezes nem sabemos mais qual a última versão do Iphone. É o X? Xs? XsMax? A era da informação também é a era da inovação. E a publicidade acompanha essa evolução. Hoje em dia fazer um anúncio de 30 segundos na Globo é tão anos 2000, né?

Com a digitalização do mundo o marketing também se digitalizou. No Brasil grandes corporações nasceram pra viver do marketing digital. Lembram do IG, além de uma sacada enorme de entrega de pulsos telefônicos – mais adiante adquirida por grandes empresas do ramo – era uma empresa de publicidade digital. Surgiram banners, Google Ads, inserções, etc.

Em uma segunda fase do marketing digital entramos na era da socialização. As redes sociais, junto ao crescimento do acesso mobile, vieram para ficar. Hoje somos mergulhados dia-a-dia na vida de nossos amigos virtuais e, como não poderia deixar de ser, as marcas surfaram essa onda. A Lu da Magazine Luiza, a Bia do Bradesco – entre outras – são personalidades criadas pelas marcas para navegar nesse mundo da internet.

Eu considero que estamos na terceira fase do marketing digital, que é onde conhecemos o marketing de performance. Mas que raios é esse tal de marketing de performance?

Sem muito mistério e sendo bem objetivo, marketing de performance é o marketing realizado – principalmente nas mídias digitais – com o objetivo principal de obter vendas (diretas ou indiretas) para os clientes. Exemplificando: São peças digitais que interagem com clientes no momento certo para atrair para interesse de compra do produto. Você joga no Google que está procurando um carro 0km para comprar e “boom”: aparece um anúncio sobre o novo 0km do momento. Você clica, se interessa, preenche um formulário e voilá!

O marketing de performance é pautado principalmente pelo seu objetivo final, sendo assim, hoje as agências compram espaço onde é efetivo ter o cumprimento desse objetivo, podendo ser venda, levar tráfego ao site, visualização de um vídeo, etc. É da obtenção desses objetivos e através da compra de mídia que chegam até nós essas milhares de siglas. Vamos simplificar e explicar alguma delas agora. Separamos as principais siglas para que tenhamos um entendimento do que elas representam e qual a importância de cada uma.

ROI – Retorno sobre Investimento

Talvez essa seja a principal métrica utilizada pelas equipes de marketing. Em termos populares: é saber se o seu investimento deu “certo”. Ele indica a porcentagem que foi ganho sobre o investimento. Calculando o ROI você pode notar se investir em um meio ou canal está trazendo retorno ou não.

O calculo do ROI não é nenhum bicho de sete cabeças: lucro obtido no investimento – valor do investimento / valor do investimento.

Exemplo:

Imagine que o ganho da sua empresa tenha sido de 300 mil reais e o investimento inicial tenha sido de 30 mil. Utilizando a fórmula acima, temos:

ROI = (300.000 – 30.000) / 30.000
ROI = 9
Nesse exemplo meramente ilustrativo, o retorno sobre o investimento foi de 9 vezes o investimento inicial. Você pode também multiplicar o resultado por 100 para obtê-lo em porcentagem — no caso, 900% de retorno.

CPC – Custo por Clique

É uma forma de compra de publicidade online. Comprando por clique você só paga ao veículo quando clicarem em seu anúncio, no seu banner no que você estiver veiculando. Quanto menos você paga no custo por clique, mais o seu anúncio aparece para gastar sua verba. Como funciona? É um leilão. Existem termos mais buscados no Google, por exemplo, então fará como que o clique dele custe mais caro (demanda x procura). Dessa maneira o custo por clique naquele termo será maior. Por exemplo: se o termo automóvel zero é disputado por diversas empresas, seu custo por clique provavelmente será altíssimo. Quando alguém buscar por carro 0km as empresas que aparecerem e receberem o clique desembolsarão um alto valor por isso. O ideal é o equilíbrio entre verba e CPC. Se a sua verba for pequena, é melhor investir em termos estratégicos e que o custo por clique seja menor, assim você aparece mais vezes, recebe mais cliques e tem maiores possibilidades de atingir seu objetivo.

Importante: CPC é uma das formas de compra de mídia, mas existem outras como: CPV (Custo por visualização – usada para vídeos), CPM (Custo por mil impressões – usada para banners), diárias, patrocínios entre outras.

CPA – Custo por Aquisição

Aquisição aqui pode ser entendida de diferentes maneiras. Adquirir um cliente para algumas empresas pode ser o preenchimento de um formulário de interesse e para outras deve ser até que o cliente formalize a compra em seu e-commerce. Por isso o CPA pode sofrer variações dependendo do cliente. Ele é basicamente o custo investido em mídia e quantas aquisições eu tive em meu site. Dessa maneira o cálculo é bem simples:

Investimento

CPA = Valor investido / Número de Aquisições.

Exemplo:

Sua empresa investiu R$ 2.000,00 em mídias digitais. Elas trouxeram 10 aquisições de clientes. Sendo assim seu CPA será de R$ 200,00 (cada aquisição lhe custou R$ 200,00)

Importante: Aquisições podem ser entendidas de formas diferentes para cada clientes. Por isso esse termo pode ser encontrado de maneiras diferentes com objetivos diferentes, por exemplo: CPL (Custo por Lead – Lead é quando o usuário preenche um formulário de interesse) ou CPV (Custo por Venda – quando o consumidor completa a venda no website – utilizado em e-commerce).

Essas são apenas algumas das siglas. Existem, na verdade, um mundo delas e cada dia esse mundo é ampliado. E como fazer com esse cenário? Nunca parar, aprender, fuçar, ser curioso por natureza e assim giramos com o mundo. Aprender nunca é demais!

FONTES:

ROI: o que é, como e por que calcular o Retorno sobre o Investimento [+ calculadora]

https://www.startupsstars.com/2018/03/marketing-de-performance-conheca-as-siglas-que-voce-vai-usar-no-dia-a-dia/