COVID-19: o que muda na publicidade?

COVID-19: o que muda na publicidade?

Autora: Estella Porcel
Redatora e Conteudista
Além do verdadeiro colapso na área da saúde, a pandemia do Novo Coronavírus (COVID-19) tem prejudicado também muitos outros setores. E não foi diferente nos mercados da publicidade e de comunicação.  

O Estado de São Paulo, que é onde a economia fervilha (em 2019, o PIB do Estado cresceu mais do que em todo o E.U.A., e teve a 5ª mais alta taxa de crescimento do mundo), está em quarentena desde o dia 24 de março – apesar de o primeiro caso ter sido confirmado quase um mês antes. E, desde o início do isolamento social, grandes agências de marketing e publicidade anunciaram cortes na equipe e diminuição de salários para poder conter os prejuízos financeiros. 

Além disso, as agências que conseguiram manter sua equipe, suspenderam o expediente em seus escritórios e orientaram seus funcionários a manterem o trabalho remoto como medida preventiva. 

E foi isso o que a Canopus fez. Preocupada com a saúde de todosdesde o dia 17 de março nossa equipe adotou o regime home-office para evitar a exposição de colaboradores, clientes e parceiros ao vírus durante o deslocamento até a agênciaDesde então, todas as reuniões (internas e com os clientes) estão sendo feitas por videoconferência, as ações e os eventos dlive marketing foram cancelados ou adiados. 

Para contornar a situação e oferecer alternativas viáveis para um mercado que não pode parar, nós propusemos ações estratégicas para que nossos clientes pudessem enfrentar a crise de forma positiva, sem impactar seus negócios. E, é claro, sempre batendo na tecla da conscientização, reforçando o conceito Fique em Casa. Para isso, elaboramos ações on-line, para que os clientes dos nossos clientes pudessem continuar acompanhando a marca, mesmo à distância. 

Como pudemos ver, a rotina do publicitário e de todos os profissionais de comunicação passou por mudanças que impactaram diretamente em sua rotina, tanto na vida profissional quanto na vida pessoal. Aliás, quem é publicitário sabe: nessa profissão, as duas vidas praticamente se unem quando a gente faz o que ama. Nós respiramos publicidade e somos impactados diariamente por ações, anúncios e campanhas que podem se tornar excelentes referências e trazer valiosos insights para nossos clientes. 

Mas como impactar a vida das pessoas quando o mundo ao seu redor está praticamente “evacuado”?  

Segundo um estudo divulgado no final de abril pela Universidade de Tecnologia e Design de Singapura, o fim da pandemia do Novo Coronavírus deve acontecer entre junho e agosto de 2020 no Brasil. De acordo com os dados, 97% da pandemia vai terminar no dia 1º de junho e 100% da situação vai estar normalizada em 23 de agosto. 

Mas será que isso realmente vai acontecer e tudo vai voltar a ser como era antes? 

 

O comportamento das marcas nas redes sociais durante a pandemia

 

Segundo dados do LinkedIn referentes ao mês de abrilessa foi a rede com maior engajamento em questões relacionadas ao COVID-19, e posts relacionados ao Coronavírus obtiveram mais engajamento do que outros posts na plataforma – especialmente quando compartilhados por empresas que estão ajudando a minimizar os impactos da pandemia 

Uma em cada quatro empresas postou algo relacionado ao assunto e a quantidade desse tipo de post só vem crescendo: enquanto na segunda semana de março as postagens relacionadas ao COVID-19 representavam 4% de todos os posts de páginas empresariais no LinkedIn, duas semanas depois esse número cresceu para 24%.  

Já quando analisamos os dados do Pinterest, que é considerado a principal rede de inspirações para os usuários, os assuntos mais comentados entre fevereiro e março de 2020 (começo e ápice da quarentena) foram: saúde e bem-estar, filhos e educação domiciliar, alimentação, beleza e cuidados pessoais, entretenimento e hobbies & casa. 

Agora, a grande questão é: o que será da publicidade e da comunicação no mundo pós-pandemia? 

Se nós não seremos mais os mesmos, a publicidade será? 

Como sabemos, de tempos em tempos os hábitos de consumo mudam. Com tantas informações disponíveis bem na palma da mão, o consumidor se torna mais informado, mais seleto e mais consciente. é fundamental que as marcas se adaptem para acompanhar essas mudanças. 

A Canopus separou alguns dados e algumas dicas (baseadas nesses dados) para que a sua marca consiga se manter relevante mesmo em período de quarentena e retorne com força total após o fim da pandemia: 

 

Não desapareça em meio à pandemia

 

É muito importante a sua marca não desaparecer de cena. Mesmo que ela não possa prestar o serviço propriamente dito, este é o momento de entreter e educar o público para que ele se lembre de você quando tudo isso passar.  

Quer um exemplo? Se você tem um salão de beleza, seu serviço é considerado “não essencial” para vida humana (como serviços de saúde, clínicas veterinárias, postos de saúde e serviços de segurança). Você não pode abrir as portas do salão e receber seus clientes por conta do decreto, mas ainda assim você pode manter seu público interessado na sua marca. Que tal disponibilizar em suas redes sociais conteúdos informativos, como tutoriais de beleza, um passo a passo para hidratar os cabelos, dicas de como manter as unhas compridas e saudáveis etc. Não se preocupe! Você não vai perder clientes e nem prejudicar seu mercado de trabalho. Afinal, se eles te procuram é porque você é bom naquilo o que faz. 

Lembre-se: se a sua marca for esquecida durante a crise, você terá menos chances de retomar seu lugar e vencer a concorrência quando tudo voltar ao normal.  

E temos dados para provar isso: recentemente, a Kantar divulgou um estudo que aponta que as marcas que investem mais durante as crises crescem até 5 vezes mais do que as outras que não investem. 

 

Invista em e-commerce

 

Devido ao isolamento social, muitas pessoas aderiram às compras on-line, não somente para produtos das categorias de saúde e higiene/cuidados pessoais, mas também comida, vestuário e entretenimento em geral. 

Enquanto as lojas físicas permaneciam fechadas ou parcialmente abertas (aceitando pedidos somente pelo balcão ou por serviço de delivery), os comércios que já tinham lojas virtuais tiveram que se preparar e adaptar para atender a demanda crescente de pedidos.  

A tendência é que, em um mundo cada vez mais conectado, os hábitos de consumo tendam a se inclinar cada vez mais ao e-commerce. 

Então, se você ainda não vende on-line, está na hora de começar a pensar em montar uma estrutura de e-commerce em seu site. 

 

Embarque na tendência do DIY (Do it Yourself)

 

Com mais tempo livre em casa, as pessoas passaram a consumir conteúdo relacionado à prática do DIY (ou faça você mesmo), seja na hora de cozinhar, cuidar da beleza, reformar a casa ou até mesmo entreter e educar as crianças. 

Essas habilidades não desaparecerão quando o vírus desaparecer, o que nos leva a pensar que essa estratégia continuará em alta mesmo após passar a pandemia. 

ideal é pensar em menos conteúdos institucionais e começar a divulgar mais conteúdos informativos e relevantes em seu blog e suas redes sociais. 

 

Aposte nos Influencers Digitais

 

Ainda que seja difícil comparar com períodos de outras epidemias, pois o mercado de marketing de influência é relativamente novo, houve um aumento de 24% na taxa de engajamento dos criadores de conteúdo e 27% no alcance do Stories, do Instagram, desde que a Organização Mundial de Saúde (OMS) classificou a COVID-19 como pandemia (o que aconteceu em 11 de março). 

Os influencers digitais precisaram pensar em novos formatos para continuarem levando informação, conteúdo e entretenimento aos seguidores, fazendo lives e vídeos caseiros como forma de se aproximarem e se manterem conectados ao público. 

Segundo uma pesquisa feita pelo Morning Consult, mais da metade da geração Z (55%) e da geração Y (57%) se sente propensa a comprar produtos ou serviços na internet recomendados por um influencer. A justificativa é que o influencer parece bem informado sobre o produto, a marca ou a indústria que está promovendo. 

Isso nos mostra que o conteúdo mais orgânico, ou seja, mais real, é o preferido pelas gerações nascidas entre 1980 e 2010. E essa tendência tende a aumentar após a pandemia, que é quando os assuntos mais leves estarão em pauta. 

Nós fazemos parte de uma geração que nunca viveu uma pandemia tão grave. Pra se ter uma noção da gravidade da situaçãoCoronavírus é hoje considerado mais letal que doenças como o câncer e o diabetes, que estão entre as 10 principais causas de morte no mundo. A pandemia de COVID-19 gerou um verdadeiro surto no país, provocando profundas mudanças de comportamento.  

Então, tudo o que for feito a partir de agora será de caráter experimental e servirá como base na hora de enfrentarmos situações que pegam todo mundo de surpresa. 

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